7 de fevereiro de 2024
No passado dia 2 de fevereiro, foi oficialmente anunciado que Cabo Verde se juntou ao restrito grupo de dez países pioneiros (Albânia, Cabo Verde, Camboja, Indonésia, Malawi, Namíbia, Ruanda, Senegal, Uzbequistão e Vietname) da iniciativa do Acelerador Global para o Emprego e a Proteção Social para transições justas.
O evento que decorreu no Palácio do Governo contou com a presença de vários dos representantes dos parceiros de desenvolvimento, nomeadamente a Embaixada de Portugal, assim como das instituições públicas nacionais.
O evento surge na sequência de uma carta assinada conjuntamente pelo Vice-Primeiro-Ministro, Olavo Correia, e pela Ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social de Portugal (MTSSS), Ana Mendes Godinho. Na referida missiva dirigida ao Secretário-Geral das Nações Unidas, António Guterres, foi expresso o interesse do Governo de Cabo Verde associar-se à iniciativa do Acelerador Global, tendo esta pretensão obtido o vigoroso apoio de Portugal.
Na cerimónia de anúncio, a Coordenadora Residente do Sistema das Nações Unidas, Patrícia Portela de Souza, sublinhou tratar-se de uma oportunidade para se identificar estratégias mais sinérgicas, ações mais integradas e caminhos de investimento que acelerem o progresso dos ODS. Por outro lado, em complemento, a MTSSS assinalou a ligação que Portugal tem mantido com Cabo Verde e a vontade de se encontrar boas e inovadoras soluções para os desafios que se colocam na sociedade global atual, nomeadamente através do apoio ao desenvolvimento de competências em áreas estratégicas. As palavras finais couberam ao Primeiro-Ministro, Ulisses Correia e Silva, que manifestou a satisfação pela forma como Cabo Verde tem sabido dar passado firmes no sentido do desenvolvimento sustentado.
A iniciativa do Acelerador Global baseia-se em três pilares essenciais: i) Reforço do quadro de políticas nacionais para o emprego e a proteção social, alinhado com as melhores práticas internacionai; ii) Apoio à mobilização de recursos para consolidar o investimento financeiro necessário para acelerar as ações; e iii) Reforço das capacidades nacionais existentes, oferecendo o apoio técnico necessário para o desenvolvimento e implementação das políticas de geração ao trabalho e rendimento.
Seguem-se as consultas com os parceiros nacionais e internacionais com vista à elaboração de um Roadmap para assegurar uma mais ampla e coerente implementação do Acelerador Global no país.